quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Poema do destino



O destino e seu complicado esquema
De cruzar os caminhos em sua rama
Nos prende ora em laço, ora em algema
,Aos embaraçados fios de sua trama
Por ter a ironia como seu emblema
Do que seria alegria, ele faz drama
De soluções certas, se faz dilema
Do feliz, lágrimas tristes derrama
Mas tristeza não é seu único tema
Não é de desencontros que faz sua fama
E a chama que brilha em seu diadema
É gema de amor, e isso ele proclama
Uns dizem que é só coisa de cinema
Mas só lê seu poema quem de fato ama

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Ponto Final

Cada reencontro, uma esperança.
Cada esperança, um sonho.
Cada sonho, uma ilusão.
Cada ilusão, um sentimento.
Cada sentimento, uma sensação.
Cada sensação, uma emoção.
Cada emoção, uma liberdade.
Cada liberdade, um preço.
Cada preço, uma sentença.
Cada sentença, uma morte.
Cada morte, um fim.
Cada fim, um recomeço.
Cada recomeço, uma caminhada.
Cada caminhada, um destino.
Cada destino, uma direção.
Cada direção, uma chegada.
Cada chegada, um pódio.
Cada pódio, uma vitória.
Cada vitória, um número.
Cada número, uma frase.
Cada frase, um ponto final.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

E ninguém nunca amou .

... Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.
 
 William Shakespeare

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Amor e Vida

A paz que eu sinto não se pode encontrar
Num quarto vazio se o vazio está
Dentro do coração
Às vezes tentamos esconder a angustia
Mostrando um sorriso
Mas querendo chorar
O amor e a vida nele está
Há um novo caminho
Você não está sozinho não
O amor e a vida nele está
 

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Choro

Sinto desmoronar-se o Céu em mim
Vivo em rios de amargura que me afogam
Rajadas de dôr, vendavais sem fim
Atormentam-me o peito e me sufocam

Vivências, aventuras que sonhei
Ao lado meu passaram como um sonho
Na vida nada fiz, tudo falhei
Recordo o que não fui e sofro, sofro..

Gozei grandes paixões, grandes amores
Nem isso mereci eu ter vivido
Árvore apodrida, sem folhas nem flores
Quanto daria por não haver nascido

O peso desta vida que não quero
Carrego em mim e arrasto dia a dia
Nada aspiro, nada peço, nada espero
Minha alma são só nacos de agonia

Recordo a minha vida, triste história
Já não espero milagres nem me imponho
Já quis eu ser um génio, uma vitoria
Porém não sou nem eco desse sonho

Comparo-me a um rio ao entardecer
Água que corre em ânsia desmedida
Assim me sinto eu, água a correr
Assim correu por mim a minha vida